Crítica do filme: Matrix Resurrections

por Rogerio Fidalgo

Matrix Resurrections

Tudo que faremos vai ser apertar o botão RESET para voltarmos para
onde tudo teve seu início. Matrix Resurrections marca uma nova era,
pois no ano 1999 o primeiro filme da franquia chegou com ideias
inovadoras para uma revolução da maneira como realizar os efeitos
digitais, em especial com o famoso “bullet time” efeito de câmera
lenta, na qual era possível ver a trajetória dos tiros. Seguindo essa
premissa da novidade mais duas sequências vieram no ano de 2003 com a
famosa ideia de gravar 2 filmes de uma vez, para que os atores
contratados não tivessem problemas de agenda para gravar os filmes,
pois já estaria no contrato que seriam feitos os filmes de uma vez só.
Nesse intervalo de 21 anos muita coisa ocorreu na tecnologia do
cinema, como o rejuvenescimento digital que foi visto pela primeira
vez em Tron: O Legado(2010), filmes que levaram 10 anos para ser
realizados com a evolução da tecnologia, como Avatar(2009). Matrix foi
o início desse mundo inovador.
Trazendo a história de volta Lana Wachowsky retorna direção e roteiro,
sem o auxílio de sua irmã Lily, para ousar novamente e tentar trazer
aos olhos de uma nova geração, o início desse mundo ao qual vivemos
cercados pela tecnologia, 24 Horas por dia, ao nosso redor. A mudança
começa com não existem mais linhas fixas para ser desplugado da
Matrix, a novidade chega a ser bem mística, apenas por um ponto de
vista. Uma coisa que deixou a desejar foi o fato de não ter o ator
Laurence Fishburne retornando ao personagem Morpheus, que ficou a
cargo do ator Yahya Abdul-Mateen II, que vimos como o Raia Negra em
Aquaman, porém a roupagem que fizeram ele dar ao personagem ficou
muito caricata, um palhaço da moda, o que parece ir contra ao que o
Morpheus clássico representava para o seu grande público. Um ponto
positivo para o clássico são personagens voltando à franquia como:
Niobe(Jada Pinkett-Smith) e Lambert Wilson(Merovingio).
O que não deixou um toque com muitas sutilezas, foi o exagero da
comédia no filme, que fala diretamente com os admiradores da franquia,
e que pode se dizer estar em 40% de toda a película, especialmente nos
momentos em que Neo volta a viver na vida do programador Thomas
Anderson, porém ele consegue não ser o precursor das piadas, mas sim
as pessoas a volta dele. Trinity é uma mulher casada com 2 crianças, e
o que deixa a dúvida é se sua vida está completa e feliz.

Nota para o filme: 8