A Psicopatia é um transtorno mental grave caracterizado por comportamentos antissociais, amorais e impulsivos. Além disso, o psicopata tem dificuldade em seguir regras sociais, sentir remorso, arrependimento, empatia e estabelecer laços afetivos profundos e duradouros. Normalmente são manipuladores, egocêntricos e recorrem frequentemente às mentiras e apresentam como características, a imaturidade do psiquismo, tendência ao exagero e suspeita irracional de pessoas ou eventos.
A doença. O psicólogo Gustavo Zancheta explica que é desenvolvida por mulheres e homens. Nestes, é mais evidente a partir dos quinze anos de idade. “Este distúrbio psicológico pode ter diversas origens, como fatores genéticos, alterações cerebrais, traumas na infância (abuso sexual e/ou emocional) e ambiente familiar muito conflituoso”.
Tipos de psicopatia. O Dr. menciona que existem vários, mas os destaques são a Esquizóide: frios, cruéis e emocionalmente limitados; a Paranóide: delírios persecutórios e egocêntricos; a Antissocial: ausência de empatia, mentirosos e irresponsáveis; e a Histriônica: ânsia por reconhecimento externo, imaturos e exagerados.
O principal distúrbio causado é a mudança patológica no caráter da pessoa, dificultando as interações sociais. O psicólogo diz que é muito comum os familiares relatarem que a pessoa acometida por este transtorno mudou seu comportamento de maneira abrupta e inesperada, tornando-se “outra pessoa” e irreconhecível. “É importante que os parentes e os amigos de uma pessoa que apresenta indícios de Psicopatia entendam a gravidade da situação e busquem ajuda psicológica e psiquiátrica de maneira imediata”.
Quanto ao diagnóstico, fala que geralmente é difícil porque os indivíduos acometidos por este transtorno não costumam se identificar com os sintomas, acreditando que seu comportamento é normal e socialmente adequado. Tal diagnóstico deve ser feito por médico psiquiatra e psicólogo experientes. “Não há cura definitiva, porém o tratamento medicamentoso e a psicoterapia geralmente produzem uma melhora considerável na qualidade de vida do indivíduo e, por consequência, estendendo seus efeitos positivos às pessoas que convivem com o mesmo”, finaliza.