O coração acelerado na gravidez

Por: Dr. Leonardo Quicoli

É no período da gestação que se requer muita atenção da mãe. A alimentação deve ser equilibrada, as roupas mais confortáveis e as visitas ao obstetra de forma frequente. No entanto, um fator que não costuma estar presente nos cuidados maternos é a possibilidade de ter uma arritmia cardíaca gestacional, condição que pode afetar muitas grávidas. Dependendo do histórico da mulher, a doença pode até mesmo colocar a vida da mãe em risco.

Durante o desenvolvimento de um feto, o corpo da mulher passa por uma série de mudanças e uma delas é o aumento de 2 litros de sangue circulando pelo organismo — tudo isso para garantir o aporte necessário de nutrientes e oxigênio para a criança.

No entanto, o coração da mãe não foi desenvolvido para bombear essa quantidade elevada de sangue, que aumenta entre 30% e 50% por minuto durante a gravidez. Com isso, a frequência cardíaca da mulher em repouso pode passar para 80 ou 100 por minuto.

Logo, a mulher sente falta de ar, cansaço e palpitações no decorrer da gestação.Essa arritmia passa a ser preocupante quando a mulher possui uma cardiopatia não identificada antes da gravidez, com hipertensão arterial sistêmica e insuficiência cardíaca, dentre outros. Por conta disso, o músculo cardíaco da mulher que já é frágil passa a trabalhar dobrado, colocando tanto a vida da mãe quanto da criança em risco.

 

  Os principais perigos oriundos da arritmia na gravidez são:

 

. Alterações vitais da criança;

. Falecimento da mãe;

. Parto prematuro;

. Rompimento prematuro da bolsa, levando à perda do líquido amniótico;

. Malformações do bebê

 

A prevenção é a palavra-chave para as mulheres que estão gerando um bebê. Além de evitar engordar mais do que 10 kg no decorrer da gestação, é fundamental que as mulheres busquem o apoio de um cardiologista de confiança para minimizar os impactos da arritmia cardíaca gestacional e ter bastante saúde para cuidar da criança quando ela nascer.