Por: Débora Máximo, influenciadora digital
Você conhece alguém que não gosta de música? Pode ser que você não goste de algum estilo musical, mas de música todos gostam! A construção de uma canção é produzida com muito cuidado com o objetivo de alcançar o coração das pessoas. O que diferencia uma música de um ruído é a harmonia de boas palavras ou até sem elas, mas dentro de um ritmo com o poder de alcançar o mais íntimo campo das ideias. Você com certeza já se deparou produzindo pequenas batidinhas com os pés acompanhando ou cantarolando uma canção, mesmo sem notar ou já viu aquela cena clássica da pessoa com vento nos cabelos, dirigindo um carro com uma música bem alta na estrada passando a sensação de liberdade. A música foi o complemento chave para esse tipo de resultado. Uma arte capaz de mudar a percepção de um ambiente ou até ativar um gatilho de memória por associação, fazendo você comprar algo que em primeiro momento nem tinha passado por sua cabeça adquiri-lo.
Sua função vai além do lazer, ela tem o poder de afetar e manipular o que sentimos, mas também tem o poder de aproximar as pessoas, de organizar, trazer paz e uma sensação de acolhimento. Ao ouvir uma melodia, nosso ouvido transforma os sons em estímulos elétricos que chegam ao nosso cérebro provocando o aumento da produção de endorfina, hormônio responsável pela sensação de bem-estar e acaba relaxando todo o corpo, diminuindo os batimentos cardíacos e a pressão arterial. Cada um recebe a música de forma diferente podendo ter em uma única canção um universo de significados por despertar sentimentos e fazer reviver lembranças, não só boas como também ruins. Tudo que recebemos através da música é armazenado no cérebro e ela é tão poderosa que não conseguimos bloquear as informações vindas dela. Sabe aquele momento que você passa pela loja e está tocando uma música que você odeia e infelizmente não sai da sua cabeça.
É exatamente essa autoridade de entrar em nossas mentes que damos a música e com isso, existe um processo terapêutico incrível que usa esse poder para reorganizar emoções em acontecimentos ruins que marcaram nossa vida realizando no indivíduo a capacidade de deixar de sentir essas mesmas emoções, como se fosse reprogramar seus sentimentos sobre aquela circunstância, creio ser desse assunto que saiu a palavra mais falada pós pandemia: Ressignificar. Contudo existe muitas vezes uma incoerência na escolha das músicas que não batem com a maneira como pensamos e agimos.
O rádio hoje é um mundo diversificado de estilos e isso é maravilhoso, porém outro dia estava com uma pessoa em meu carro e não tinha a menor intimidade com ela, resolvi trocar as estações manualmente, porque por algum motivo as minhas estações não estavam gravadas. Ao apertar o botão de procurar o rádio parou em uma estação que tocava uma música extremamente desrespeitosa. Na hora morri de vergonha e troquei rapidamente! E logo depois pensei: Quem em sã consciência iria escutar aquilo? Tudo bem, não se discute! Mas será que a pessoa se atentou a letra ou está só no som do batuque? Mensagens passadas com um som agradável que transmitem uma ideia contrária aos objetivos da vida. Sabe aquela história que a pessoa está triste e começa a ouvir músicas que a deixam mais triste? Ou foi traído e houve música que fala sobre vingança após traição? Opa! Quer melhorar ou piorar? Aquela expressão: “Meu ouvido não é penico”, fez todo sentido agora! Atentemos para não ouvir músicas que engrandecem emoções ruins! Cultivar emoções assim só irão fazer mal para quem as carrega. Quando não temos ideia do poder disso é normal negligenciarmos essas entradas não só em nossas vidas como também na vida de nossos filhos. Aproveitar essa influência na saúde do nosso cérebro faz todo sentido, então se pergunte que tipo de sentimento esse som me traz? Se for bom, aproveite cante e dance!