Por: Dr. Leonardo Quicoli, médico cardiologista
Falta de ar, tontura, dor de cabeça. Você já deve ter ouvido alguém relacionar esses sintomas à pressão alta. Sim, eles podem ter alguma ligação com o quadro. Mas o fato é que, na maioria das vezes, uma pessoa que sofre de pressão alta não apresenta sintomas de doenças cardíacas ou outros indícios que acusem o problema. E é aí que mora o grande perigo dessa doença. Se não for controlada, ela pode reduzir a expectativa de vida.
A hipertensão, ou pressão alta, atinge 30% da população adulta no Brasil. Na faixa etária acima dos 60 anos, esse índice chega a ultrapassar os 50%. Boa parte dessas pessoas, entretanto, desconhece sua condição ou, devido à natureza assintomática do distúrbio, simplesmente não segue um tratamento para controlá-lo.
Segundo o Ministério da Saúde, desde 2013, os episódios de infarto entre adultos com até 30 anos subiram 13%.3 O estresse repentino, que é tido como a causa de cerca de 15% dos casos de infarto, por provocar o fechamento de uma artéria coronária, também não “escolhe” idade.
Outro número que mostra que a ameaça de infartar começa muito mais cedo do que se imagina é o de pacientes com pressão alta. No país, são 36 milhões de adultos brasileiros com diagnóstico de hipertensão arterial, de acordo com a Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo. O quadro é um alerta para o desenvolvimento de problemas cardíacos.
Esta e outras consequências graves da pressão arterial elevada podem ser evitadas com duas medidas simples: informação e tratamento adequado.
Como anda sua pressão arterial?