Crítica de filme: “Indiana Jones e a Relíquia do Destino”

A despedida se inicia em “Indiana Jones e a Relíquia do Destino” para Harrison Ford em um dos personagens mais marcantes de sua carreira, além de Han Solo de Guerra nas Estrelas e ambos criados por George Lucas.
Aos 80 anos de idade, o ator marca o fim da franquia com a sua participação, pois já sentimos o tom da despedida pela sua dedicação. Como era de se esperar marcas registradas no filme, tradicionalmente chamados de easter eggs vão ser notados como o famoso Grito Wilhelm ou Wilhelm Scream, que sempre conseguimos notar na franquia e até mesmo em Star Wars, a bola de pedra gigante chega a aparecer no filme, os insetos que vão parar na roupa ao entrar nos locais para serem encontradas as relíquias, o medo de cobras. Muito se dizia sobre haver a passagem do bastão para que um ator mais jovem assumisse, mas claramente isso não vai acontecer, pois não é um personagem criado para jogos de videogame, como a Lara Croft de Tomb Raider, que ao ir para o cinema, teve interpretações de atrizes diferentes, mas essa personagem quando foi criada, trouxe alguém do universo feminino liderando buscas por artefatos antigos e enterrados.
Com o total de 154 minutos de filme, houve um certo exagero em certas cenas, que ficaram arrastadas, e ficam um tanto cansativas, mas isso pode apenas ser um prelúdio para que possamos ver uma versão mais longa, que seria o corte do diretor(director`s cut), pois essa moda vem ocorrendo com filmes como Titanic, Avatar, Senhor dos Anéis, dentre outros. O pouco tempo de tela para certos atores deixou a desejar como para Antonio Banderas, mas quem realmente merecia um pouco mais é John Rhys-Davies, que apareceu no primeiro e segundo filme da franquia dando vida ao Sallah (fiel companheiro de aventuras de Indy), mas talvez pelo fato do ator estar com 79 anos de idade, isso fez com que sua participação ficasse muito reduzida. Pela primeira vez Steven Spielberg deixou de dirigir esse filme de despedida, ficando apenas na produção executiva, o que talvez tenha deixado o filme sem o seu toque pessoal, que fez com que a franquia atravessasse gerações que amaram esse personagem, que surgiu do nome de um cachorro de George Lucas.
Para dizer adeus ao Professor Henry Jones Júnior, ele mostra muitos sentimentos de arrependimento, por ter devotado muito de sua vida a coisas do passado, ao invés de ter reparado nas pessoas que estavam ao seu lado, como seu pai, Marcus Brody e dessa vez seu filho. Bom e para os dias atuais quem espera ver cenas pós-créditos, não espere por nenhuma.
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NOTA PARA O FILME 8