BBB 24: Em sua segunda capa, Leidy Elin posa em clima de pool party fashionista.

BBB 24: Em sua segunda capa, Leidy Elin posa em clima de pool party fashionista.

BBB 24: Em sua segunda capa, Leidy Elin posa em clima de pool party fashionista, fala sobre irmão trans, família e oportunidades que a fama lhe trouxe

Cada mergulho é um flash e Leidy Elin aproveita a maré tranquila no seu pós reality. Pela segunda vez estampando uma capa, a trancista comprova que sabe transformar as experiências em oportunidades. Nascida em São Gonçalo, no Rio de Janeiro, ela vem protagonizando simpatia, humildade e carisma desde que deixou o BBB 24. Em uma sessão de fotos exclusivas na piscina, ao estilo fashionista, Leidy fala sobre sua relação com a família, apoio ao irmão trans e trajetória de garra que a fizeram trabalhar desde muito cedo.

“Minha mãe entrou em depressão forte quando meu pai morreu, e ficou dois anos afastada do trabalho. Quando voltou, foi mandada embora. Ela ficou com duas crianças sem apoio nenhum. Não tinha dinheiro nem para comprar um tênis para eu ir à escola. Aí comecei a fazer unha na comunidade, aos 14 anos, depois descobri a trança e me apaixonei. Mas nem sempre dá dinheiro. Fui trabalhar no McDonald’s, numa fábrica de sardinha, fui para uma loja de roupas, sempre conciliando com o meu ofício de trancista. Aí surgiu a oportunidade de vender copos no Maracanã para ganhar um extra. Aonde tem dinheiro, tô indo. A gente não pode correr de trabalho, não.”, conta.

Apesar das dificuldades, Leidy encontrou nas tranças o seu lugar. Além de ser oficialmente o seu trabalho, trançar meninas pretas também faz parte da busca pela autoestima, reforçando a herança de uma história de resistência. “O que eu puder fazer para inspirar meninas da favela que nem eu, vou fazer. Hoje há uma quebra dessa coisa de black power ser feio. A trança também é uma arte que meus ancestrais deixaram pra mim. Tenho muito orgulho de seguir esse ramo.”

Sobre sua relação com a família, ela conta de um episódio em especial, a transição do seu irmão trans: “Sempre o apoiei. Foi tudo muito leve lá em casa, minha mãe sempre brincava com ele. No começo, foi estranho chamá-lo de Thomaz, o novo nome. Minha mãe toda hora trocava pelo antigo. Sempre o defendi, só quem pode brigar com ele sou eu, mais ninguém.”

Há duas semanas fora do confinamento, ela ainda está se adaptando a sua nova realidade, mas não há como negar: A menina nascida e criada no Morro do Feijão, já venceu. Leidy Elin colhe frutos acima da expectativa e prevê mudanças valiosas na sua vida e dos seus familiares. “Minha ficha de que sou uma figura pública não caiu até agora. Pensei que eu ia sofrer um tanto com haters na rua, mas fui muito bem acolhida. O pessoal quer tirar fotos. Muitos falam que gostaram do meu jogo, outros dizem que não, mas que sou muito simpática e autêntica. Agora, após o “BBB”, pretendo mudar de casa. Meu objetivo ao entrar no programa era tirar minha mãe da favela, dar conforto e segurança a ela.” completa.

Foto: Divulgação/Capa Extra

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